Nome: Lucas Alves,Anderson Miguel Turma:A1 cea O Dinástico Primitivo
O período chamado de Dinástico Primitivo,
iria de 3050 a 2696 a.C; alguns o chamam de Dinástico
Antigo, outros de Período Arcaico.
A I Dinastia apresenta, na sua reconstituição, um
alto grau de complexidade.
Na Pedra de Palermo, o pedaço referente ao
primeiro faraó está faltando.
No Papiro de Turim,consta que o
primeiro faraó do Egito chamou-se Menés.
Como os demais faraós dessa I Dinastia, as
informações sobre o seu reinado são esparsas e
incompleta,o nome Khent aparece na Lista de
Manethón.
Já na tumba, ou cenotáfio, de Abydos,
nas tabuletas Serej, encontradas por Petrie, o signo
que aparece entre o falcão da parte superior e a
fachada do palácio.
Dinástico Primitivo se fazia,
entre a realeza e o deus Hórus.
Dinastia mandaram construir esse tipo de monumento
funerário,como foi comentado anteriormente, chegou-se
a duvidar que o rei foi enterrado no local.
Uma vez
que objetos com seu
nome aparecem em
sepulturas de Sakkara,
no Norte.
Uma situação que várias vezes vai se repetir
na história política do Egito Antigo é o término
conflituado de uma dinastia.
Depois
do aparentemente próspero governo de Udimu
(atestado pela quantidade relativamente grande de
objetos encontrados em sua sepultura), o trono foi
ocupado por Anedjib (Miebis).
A reconstituição da
história da II Dinastia são ainda mais escassas do
que aquelas.
Manethón afirmou que a III Dinastia iniciou com
a morte de Cassenquevi, o último rei da II Dinastia.
Pirâmide de Degraus foi o primeiro
edifício inteiramente de pedra levantado no Egito.
A função religiosa por trás das coisas que ocorrem sempre tem
mais de um fator que influencia no que acontece.
A função política ao lado do seu viés religioso, também existia
aquele que poderíamos chamar de “político”, ou de
“simbólico”.
A função ideológica
Seria aquela função de, durante sua construção,
passar-se a ideia de que ali se trabalhava para
levantar um monumento a um poder sobre-humano.
Uma dessas mudanças foi que o poder de
decisão passou a ser mais compartilhado.
O sucessor de Userakaf foi o rei Sahura, de cujo
governo se tem um pouco mais de informações.
Uma linha de abordagem que vem se afirmando
entre os egiptólogos, é aquela que enfatiza nos
eventos da V Dinastia.
Esse trabalho de constituição de um conjunto de
poços artesianos se justifica.
Na estatuária particular da época de Pepi I, uma
curiosa coincidência fez com que duas pessoas com
problemas de nanismo.
Entre as diversas realizações de Pepi I, alguns
autores preferem destacar as obras hidráulicas que
mandou realizar na 1ª Catarata.
Referencias
Nome do autor:Arnoldo W. Doberstein Titulo:O Egito Antigo
Local:Porto Alegre
Ano:2010
Editona:Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Egito Secreto
Nome do autor:Paul BruntonTitulo:Egito SecretoEditora:PensamentoLocal:Sao PauloTraduçao:Zôfia de P. Gaffron
Sinopse:A descoberta da tumba intacta de Tutankamon foi a maior descoberta da história. Rei Tut logo se tornou um nome familiar. Todos sabem sobre seus tesouros dourados, mas muito mais interessante é a história de sua trágica infância.
O chamado 1° Período Intermediário é aquele
que vai do final da VI Dinastia ao início da XI. Abrange
os anos 2180 a.C. ao ano 1990 a.C., o que dá cerca
de 180 anos. Compreende as Dinastias VII,VIII,IX,X
e parte da XI. Alguns autores, inclusive, sugerem
que se trataram de Dinastias paralelas, pois, afinal,
o período de tempo seria muito curto para cinco
Dinastias. Em grandes linhas o que caracteriza o
período é a inexistência de um Estado unificado
e com o poder político, restando dividido em diversos
núcleos regionais
Um grande número de autores (para não dizer, a
maioria) qualificam esse período como sendo “dois
séculos de anarquia,de lutas, de desmargarinização geral”,125 em que o Egito teria passado “de um regime
estável e forte a um estado de anarquia total”.126 O
principal argumento que tem sido empregado no
amparo dessa avaliação é o texto das Admoestações
do Profeta Ipu-Ur
Contra esse recurso, entretanto, pesam alguns
questionamentos. Primeiro é que não se tem plena
certeza se o seu conteúdo é, efetivamente, relativo
a esse período (lembrar que o que dele conhecemos
vem de um texto da XIX Dinastia). Existem autores,
inclusive, que sugerem que se faça uma “crítica
interna” do documento, sugerindo que se leve em
conta que o mesmo foi escrito por um alto funcionário,
que poderia estar “pintando” o quadro com cores
demasiadamente fortes. Ou que as dificuldades
descritas talvez fossem localizadas no Norte, e que,
por conseguinte, não seriam válidas para todo o
Egito
Como se
pode verificar existe muito de uma visão ideológica
tanto dos que utilizam a fonte como testemunho de
uma decadência, como daqueles que não aceitam tal
procedimento.
A objeção que se
levanta contra esse tipo
de argumentação é que a
dispersão de realizações
culturais não deve ser
tomada como indicativo de
crise ou decadência de
uma civilização.
Os defensores da tese
da crise de decadência
também se utilizam do
argumento da amplitude
das obras.
2-Referencias
Nome do autor: Arnoldo Walter Doberstein
Editora: ediPucrs
Local:Porto Alegre 2010
3-Indicação de livro Egito Antigo
Autor:João Paulo da Rocha
Editora:Clube de Autores, 2007
O Egito é o lar de muitos famosos tesouros arqueológicos do planeta. Ao longo dos últimos cinco anos, o país sofreu uma tumultuosa revolução e o número de turistas despencou. Este programa acompanha uma série de indivíduos determinados a colocar o Egito de volta ao topo: ao descobrir mais da sua história, manter suas tradições seguras e convidar turistas a visitarem o país novamente.
O enunciado geral para o período chamado de
Reino Médio é que o Estado faraônico voltou a ser
um Estado unificado. O que fica em aberto é a
questão da nomenclatura a ser usada para aquilo que
foi reunificado. Como devemos denominar a situação
do Egito que antecedeu tal reunificação? Para tanto
temos que voltar a questão tratada anteriormente,
ou seja, como devemos caracterizar o 1º Período
Intermediário?Dois conceitos estão disponíveis. Um é o de
Estados feudais, analisado atrás. O outro é o de
Reinos Confederados. A diferença entre os dois
não é apenas uma questão de semântica.
A adoção do primeiro conceito – Estados feudais
– induz a se pensar que a reunificação se processou
a partir de um conjunto de Estados autônomos. De
quantos? Dez? Vinte? De 42, que eram os nomos do
Antigo Reino? Ninguém se arrisca a dizer. Estados
independentes, igualmente desprovidos de recursos,
voltados para dentro, sem grandes atividades
mercantis.
A adoção do outro termo – Reinos Confederados
–, que alguns egiptólogos estão começando a usar
(mas que ainda não está consagrado nos manuais
disponíveis) tem a vantagem de escapar da noção
de unidades fechadas, desprovidas de recursos e
desinteressadas no comércio. Outra vantagem dessa
noção é que ela induz a se pensar num número menor
de organizações, já que o conceito “confederação”
implica na ideia de uma associação de Estados,
autônomos em algumas coisas, mas subordinados a
um Estado maior, a um Estado líder, em outras.
Visto nessa segunda perspectiva, poderíamos
vislumbrar a reunificação como sendo precedida da
formação de três confederações. A do Norte, liderada
por Hieracópolis, a do centro, capitaneada por Tebas,
e a do Sul, por Elefantina. Especulando um pouco mais,
poder-se-ia pensar que a fonte dessas 3 hegemonias
viesse do controle das 3 principais rotas de negócios
que o Egito explorava. A do Sinai teria ficado com
Hieracópolis. A do Mar Vermelho, via Wadi Hammamat,
com Tebas. A da Núbia, com Elefantina
.A ideia que se tem é que a reunificação se
deu a partir da confederação liderada por Tebas,
que primeiro teria dominado o sul, até Elefantina.
Teriam restado então duas confederações, a do Sul,
liderada por Tebas, e a do Norte, por Hieracópolis.
No confronto final, Tebas venceu Hieracópolis,
reunificando o Egito.
O príncipe que liderou a unificação era devoto do
deus Monthu, representado como
um falcão, com uma coroa formada
de um sol e duas penas.Antes da ascensão do deus Amon, na XII Dinastia,
Monthu era o deus principal de Tebas. Com a adoção
de Amon como deus dinástico foi dado a Monthu o
papel de seu filho, até ser substituído nesse papel pelo
deus Khomsu.Governou de 2062 a 2012 a.C. Os primeiros
vinte anos de seu governo, ao final dos quais trocou
de nome pela primeira vez, foram destinados a
consolidar a unificação. Os métodos foram diversos.
Desde o emprego da força até a negociação. Dos
príncipes locais, alguns foram demitidos, outros
conservados, mas sempre formando os quadros de
seus delegados provinciais e de representantes para
missões especiais só com tebanos de origem. Os
anos seguintes foram de ações externas
Tal tese da continuidade histórica, aplicada aos
grandes processos, não tem dúvida que se confirma.
Na política externa, as ações dos governantes do
Reino Médio constituem, basicamente, em reafirmar a
garantia da presença do Egito no Sinai, na rota do Wadi
Hammamat, e na região entre a 1ª e a 2ª Catarata. Tal
como no Antigo Reino. Na política interna, as ações
governamentais consistiram em procurar o ponto de
equilíbrio entre o centralismo e o regionalismo.
Já no tocante à cultura, essa tese da notável
continuidade não é tão pacífica. Aliás, isso foi lembrado
pelo seu próprio autor quando enunciou que o referido
enunciado só pode ser acatado “se descontarmos
modificações secundárias ou de detalhe”.Essa mesma questão pode se apresentar
quando se trata da estatuária do
faraó Monthuhotep. Existe uma
estátua que acredita-se
ter feito parte daquele conjunto de
figuras do rei colocadas no pátio
arborizado do seu templo funerário.
Ao lado dos signos tradicionais
como a coroa e o barbicacho
da realeza, os braços cruzados,
portando o açoite e o cajado,
aparecem características diferentes
da estatuária do Antigo Reino, como
é o caso dos pés, desproporcionais
ao resto do corpo.
Existe outra imagem do faraó Monthuhotep, a
qual foi milagrosamente conservada no interior do seu
templo funerário, enrolada em panos e praticamente
intacta. O faraó aparece sentado, num
alinhamento de absoluta verticalidade. Traz a coroa
vermelha do Egito do Norte e está envolto num pano
de linho branco, usado no ritual do jubileu. Os braços
estão cruzados na altura do peito e também carrega
o barbicacho postiço. Todos esses aspectos alinham
a figura na representação tradicional dos antigos
faraós do Norte.No aditamento dessa tese das mudanças
consideráveis, em decorrência de uma presumível
“africanização” dos círculos ligados ao faraó, podem
ser lembradas as tumbas de mulheres da corte
(esposas do rei?), as quais, na pintura, são pintadas
de negro, e nos relevos, revelam
caracteres africanos.Sobre o sucessor de Monthuhotep I o que se sabe
é que teve um reinado bastante curto. Não obstante,
parece que realizou muitas obras nos templos,
principalmente no Norte, com trabalhos de relevo de
admirável sobriedade. Outra marca de seu governo
foram as grandes expedições na rota do Wadi
Hammamat.
O intendente Henenu, comandante de
uma delas, deixou gravado nas pedreiras do local o
relato da expedição. Uma parte da expedição ficou
extraindo blocos de pedra, enquanto a outra seguiu a
pé até o Mar Vermelho, com produtos e o madeirame
para construir navios. Ao longo dos quase 60
quilômetros que separam as pedreiras do litoral do Mar Vermelho foram perfurados 12 poços para suprir o comboio de água.No caso do último faraó da XI Dinastia, o rei
Monthuhotep III, repete-se o caso de outras situações
anteriores, cujas informações sobre o governo dos
reis que encerram uma dinastia escasseiam de tal
forma que se fica com a impressão que os mesmos
foram marcados por crises e descalabros.
Como quase sempre acontece, o transcurso da
XI para a XII Dinastia está envolto em mistério. A
impressão mais comum entre os historiadores é que
ela foi acompanhada de um “golpe de Estado”, pelo
qual o vizir Amenemat (literalmente “Amon (Amen)
está (ne) na cabeça (mat)”, no sentido de “Amon
está no alto”) teria sido conduzido ao poder depois
de um período que se supõe conturbado, com uma
forte oposição que, inclusive, poderia ter assumido
o caráter de uma guerra civil entre os partidários do
novo rei (incluído aí o clero de Amon) e os partidários
do rei “deposto” (incluído aí o clero de Monthu). Mas
tudo isso, por enquanto, são hipóteses de pesquisa
ainda não inteiramente comprovadas. Uma das mais
marcantes realizações
do governo de
Amenemat I foi a
edificação de uma
nova capital.
Tratava-se de
capital fortificada,
nas proximidades
de Mênfis e do Lago
Moeris .
A cidade passou
a se chamar de
Amenemat Ity-Tauy
(literalmente “Amenemat conquistador das duas
terras”), ou simplesmente Ity-Tauy.
Foi na nova capital que se abriram escolas para
a formação de futuros funcionários da administração
real, escribas leais ao novo governo. Um texto que
circulava nessas escolas era o Kemit (ou, o Livro
das Instruções), mais conhecido como a Sátira dos
Ofícios, denominação dada pelo grande egiptólogo
Gaston Masperó. O seu tema: um pai conduz o filho
para a escola e aproveita o ensejo para os seguintes
ensinamentos:
Uma importante mudança verificada na
representação desses dois últimos faraós da XII
Dinastia – Senuosret III e Amenemat III – foi a substituição das imagens serenas
e impassíveis dos faraós do Antigo Reino, pela de
governantes com as feições mais enérgicas, duras,
contraídas e até mesmo um tanto ameaçadoras.
É um estilo da estatuária faraônica que poderíamos
chamar de ESTILO SEVERO.
Doberstein,Arnaldo w. Egito Antigo,Porto Alegre,ediPUCRS. 2010
RELIGIÃO E MAGIA NO EGITO ANTIGO
Sinopse: Todos os aspectos da sociedade egípcia, da educação e do direito à medicina, do nascimento à morte, foram permeados pela religião e pela magia, e dominados por forças divinas do sol e do Nilo. Neste trabalho instigante, Rosalie David traça a história das práticas da fé egípcia. Religião e Magia no Antigo Egito é o primeiro livro a fornecer uma visão histórica completa das crenças dessa civilização extraordinária, abrangendo desde os primeiros assentamentos em 5000 a.C. até a província romana do século IV a.C. No fim do livro, a autora disponibiliza um glossário com novas traduções de feitiços egípcios. Um trabalho essencial para estudantes, estudiosos, ou qualquer pessoa fascinada pelo mundo antigo. Perfeito para fins educativos ou somente como passatempo. Se você tem paixão por um bom livro,Religião e Magia no Antigo Egito será um deleite!
David,Rosalie.Religião e magia no Egito Antigo,Editora Difel,2011.
O Egito é o lar de muitos famosos tesouros arqueológicos do planeta. Ao longo dos últimos cinco anos, o país sofreu uma tumultuosa revolução e o número de turistas despencou. Este programa acompanha uma série de indivíduos determinados a colocar o Egito de volta ao topo: ao descobrir mais da sua história, manter suas tradições seguras e convidar turistas a visitarem o país novamente.
“longa marcha dos egípcios rumo à mais ou menos entre os anos 3300 e 3100 a.C., o Oriente Próximo, teriam se tornado culturalmente mais desenvolvidas que as aldeias do Sul, mais vinculadas na África. As típicas tradições culturais do Egito, por conseguinte, teriam se iniciado no Norte e dali se propagado para o Sul. Só depois é que teria ocorrido a unificação definitiva, em sentido contrário, do Sul conquistando o Norte, obra do primeiro faraó, que pode ter usado três nomes: Narmer, Menés e Escorpião.Em meados dos anos 1920-30, o alemão Kurt Sethe38, e outros egiptólogos formularam uma teoria explicativa para essa unificação que ainda é utilizada por muitos.Nos últimos anos, diversos estudiosos estão procurando mostrar o contrário. A sua hipótese é que a pré-unificação sempre foi liderada pelo Sul.A suposta superioridade cultural do Norte, na qual se fundamentou a hipótese de Kurt Sethe, está sendo questionada, com uma série de argumentos, pelas pesquisas arqueológicas mais recentes. Um desses argumentos é o da relação entre a cerâmica de Gerzea e a cerâmica da Nagada. Pelo novo argumento, a cerâmica de Gerzea, que se acreditava ter aparecido por influência oriental, na verdade teve 44 AUTUORI, Joseph Cervelló. A Dinastia O: as raízes africanas do Egito. In: Revista de Arqueologia. Madrid: set/2002. sua origem no Sul, em NagadaOs de Nagada e de Hierakonpolis eram os mais fortes. Os de Tinis-Abydos (mais ao Norte) e Elefantina (ao Sul) eram de menor expressão. Nagada e Hierakonpolis seriam aquelas localidades que passaram por um processo de evolução urbana mais acentuado“Maça do rei Escorpião” que se encontra no Ashmolean Museum, de Oxford, Inglaterra, e na qual o rei foi representado de enxada na mão, abrindo um canal de irrigação. Para Autuori, essa configuração alinha o tipo de chefatura ali representada como um “mediador das forças da natureza” que, no caso, seriam as enchentes do Nilo. E isso, segundo o autor, é mais um indicativo que alinha tais chefaturas do Egito pré-dinástico com a África negra, em que, em muitos casos, o rei era tomado como um “fazedor de chuva”.No cemitério “B” de Abydos foram enterrados os primeiros chefes da Dinastia O. Ali foram encontrados diversos cacos de cerâmica com seus respectivos “Serejs”. O “Serej” era um dos cinco títulos com os quais os faraós se apresentavam na condição de protegidos das divindades egípcias. No caso do “serej”, era aquele título em que o rei se apresentava como “Filho de Hórus”. A representação desse título consistia num retângulo que lembrava a fachada de um palácio (a “casa grande”, que os egípcios chamavam de per-a, de onde veio a palavra faraó), tendo na parte superior um hieróglifo com o nome do rei. Acima do retângulo se desenhava o falcão.
referências:
autor: Arnoldo Walter Doberstein, O EGITO ANTIGO, porto alegre, EDIPUCRS e 2010
3: Livro dos Mortos
O Livro dos Mortos dos egípcios remonta ao período do Novo Império. Seus textos foram produzidos em rolos de papiro, os quais eram envolvidos em pedaços do material de que eram elaboradas as múmias.
Percebe-se, pois, a insistência dos autores em sugerir a versão que o Estado faraônico sempre foi um Estado escravagista. O que não está confirmado. O Estado egípcio, por volta de 3000 a.C., não era um Estado, como o romano, por exemplo, que se organizava militarmente para a conquista de escravos. A base produtiva da economia egípcia não era formada a base de escravos. Era de lavradores livres. Existiam escravos, sim. Os faraós faziam incursões pela vizinhança e aprisionavam escravos, sim. Mas eram escravos setoriais. Para trabalhar nas minas e como escravos domésticos. O Estado não visava suprir o sistema produtivo de escravos. Dizer, portanto, que era um Estado escravagista, não é totalmente correto.
A Hipótese da Distribuição da Cerâmica
Entre as explicações que têm tentado preencher o “vazio” teórico-explicativo para a unificação do Egito, existe aquela que está relacionada com as pesquisas de Hierakonpolis, examinadas anteriormente. Nesse caso, o nome que se destaca é o de Michael A. Hoffman60, que esteve envolvido 60 Michael AllenHoffman nasceu em Washinton (1944), e desde cedo revelou sua vocação para a egiptologia. Em 1966 graduou-se pela Universidade de Kentuchy e em 1970 (com 27 anos) recebeu seu PhD pela Universidade de Visconsin. Sua primeira estadia no Egito foi em 1969, quando participou das escavações do sítio Hh 14 de Hierakonpolis. Como Diretor do Laboratório de Arqueologia da Universidade de Virgínia (1972–1979), prosseguiu ativamente das escavações de Hierakonpolis. Ao final desse período, no seu único livro publicado (Fig. 72) Egypt, beforethepharaohs: thepre-historicfundation as egyptiancivilization apresentou com as primeiras fases das investigações no Cemitério das Elites daquele sítio. Numa matéria por ele intitulada de “Por onde as nações começaram”, da qual a professora MargarethBakos, da PUCRS, fez uma tradução livre, ele se alinha naquela hipótese que, posteriormente, JosephCervellóAutuori (ver atrás p.) também se filiou, e que vê a unificação do Egito como estando relacionada com a emergência de Hierakonpolis.
Referência
Referência Resumo
http://www.pucrs.br/edipucrs/oegitoantigo.pdf
Arnoldo Walter Doberstein, PUC RS Porto Alegre, ediPUCRS, O Egito Antigo
Indique e comente um livro sobre o Egito Antigo
Egito Antigo de João Paulo da Rocha
Sinopse
Este artigo se propõe a debater a necessidade de uma nova abordagem nas aulas de História para os anos finais do ensino fundamental. Baseia-se em oficina apresentada no Itinerante 2010, da Secretaria de Educação do Estado do Paraná, e apresenta algumas técnicas didático-pedagógicas voltadas para o ensino do tema Egito antigo.
Capa
Historiá sobre Egito Antigo em Forma de Documentário
Postado por Diego Fruscalso
Link : https://www.youtube.com/watch?v=4efIYa2A1Uo
Assassinatos, tramas de roubos, desvios sexuais. Essas não são manchetes de hoje, são os primeiros escândalos registrados nos antigos hieróglifos egípcios. "Eles viviam como nós, tinham as mesmas esperanças, temores, ganância, luxúrias, sentimentos adúlteros". Mas tanto na época como agora, mas comportamento tinha consequências. São contos raros que expõem a Terra dos Faraós como nunca se viu. Esses são os escândalos do mundo antigo.
Nesse amplo leque de novas investigações,
que estão procurando “descolar” o surgimento da
civilização egípcia da Mesopotâmia, estão aquelas
que se voltam para um processo histórico ainda
mais remoto, relativo ao próprio surgimento da
agricultura no vale do Nilo. Durante os últimos tempos paleolíticos, o recuo
da camada de gelo (grifo nosso) na Europa
causou modificações climáticas no Norte da
África, que se tornou cada vez mais seco. O Nilo,
depois de ter sido um vasto lago interior,
restringiu-se, progressivamente, até o seu leito
atual, deixando atrás oito terraços a ladear as
colinas dos desertos Líbico e Arábico.
Esse preâmbulo de Aldred nos oferece o ensejo de percorrermos o que aconteceu de importante, entre 20000 e 10000 a.C., não só no Nordeste da África, onde no futuro iria se desenvolver a civilização egípcia, mas também na Mesopotâmia e, especialmente, naquela região onde mais tarde se formou o chamado Crescente Fértil
Com o desgelo, no período que vai de 15000
a 10000 a.C., importantes
mudanças climáticas começaram
a mudar o quadro anterior. Na
Europa, a camada de gelo recuou
até a Escandinávia (Suécia,
Noruega, Lapônia) e Norte da
Rússia. Em certas regiões a
vegetação ficou mais abundante,
os animais se multiplicaram e a
humanidade aumentou. Entre
tais regiões, destacou-se aquela
que chamamos de Crescente
Era uma faixa de terra que, da atual Jordânia,
estendia-se até os contrafortes da Ásia Menor,
desviando-se ao longo do Tigre e Eufrates até
alcançar o Golfo Pérsico. Sobre essa região - O mundo da Idade do Gelo, por volta de 20000 a.C.,
com o grande lago no NE da África.
18 Arnoldo Walter Doberstein
incidiam chuvas sazonais que eram provocadas pelo
encontro das massas de ar quente e úmido, vindas do
Mediterrâneo (formadas pelo aquecimento resultante
do recuo das geleiras), com as frentes frias originadas
nas montanhas que circundavam a região. Com a
incidência dessas chuvas, nas encostas mais baixas
das estepes, começaram a se formar campos de
cereais silvestres (o Crescente Fértil), onde pastavam
o carneiro, a gazela, o boi e o burro selvagem. As partes
mais elevadas eram o habitat das cabras e cabritos
monteses, assim como do cachorro selvagem. Na zona do Crescente Fértil, pouco a pouco, os
bandos humanos foram se acampando em cavernas,
situadas nas partes mais altas. Começaram a
domesticar os animais. Primeiro foram as cabras,
cabritos e cachorros selvagens. O passo seguinte
foi a substituição da simples colheita dos cereais.Em certo momento desse penumbroso passado,
iniciou-se no Egito a seleção e o cultivo de grãos,
dando-se início a uma das mais importantes
revoluções tecnológicas do alvorecer da humanidade,
ou seja, a revolução agrícola. Como isso teria
começado?
Uma das hipóteses mais
tradicionais é aquela que
vislumbra o surgimento da
agricultura no vale do rio Nilo
como tendo sido introduzido
por populações vindas
do oriente, ou seja, do
Crescente Fértil.
William Mcneill, como se
viu atrás, embora de forma
não muito explícita, foi um dos
historiadores que se alinhou
na tese de que a “irrigação”
e o “arado”, entre outros avanços civilizatórios
(metalurgia, escrita, veículos de roda, construções
monumentais) foram trazidos para o Egito por
“navegantes provindos do fundo do Golfo Pérsico contornando a Arábia até o Mar Vermelho”.
2-Referência:
Autor: Arnoldo Walter Doberstein
Editora: EDIPUCRS – Editora Universitária da PUCRS
Nome do livro: O EGITO ANTIGO
3-Livro: A história do Egito Antigo- Escrever uma História do Egito dos faraós não apresenta mais, nos nossos dias, o aspecto aventureiro que tal tentativa ainda conservava na virada do século XX. Diante dos progressos técnicos, novos métodos de trabalho provocaram a mudança do pensamento dos pesquisadores, e surgiu a ideia de que um caco de cerâmica pode ter um peso tão grande no entender um fato quanto um grão de pólen ou um fragmento de papiro. A partir desta multiplicação das fontes, o historiador vê-se obrigado a abrir seu método a diversas disciplinas. 4- Indicação:
Sinopse: A descoberta da tumba intacta de Tutankamon foi a maior descoberta da história. Rei Tut logo se tornou um nome familiar. Todos sabem sobre seus tesouros dourados, mas muito mais interessante é a história de sua trágica infância.Seu extraordinário caso de amor e sua súbita e misteriosa morte. Agora, novas pistas estão revelando o homem por trás da máscara de ouro
Como se viu atrás, a emergência da civilização egípcia completou-se por volta de 3100 a.C., com a unificação do Estado. Mas, antes disso, outras ocorrências especiais prepararam essa emergência. Primeiro foi a revolução agrícola (+ ou - 5000 - 4000 a.C.). Depois a consolidação das chefias dirigentes e da divisão social do trabalho (+ ou - 4000 - 3500 a.C.). Depois da revolução agrícola e da consolidação da divisão social do trabalho, com a afirmação das chefias dirigentes, o fato que mais se destacou na “longa jornada dos egípcios para a civilização”, de que fala Aldred, foi a invenção da escrita. Como isso aconteceu? Como a escrita começou a existir no Egito primitivo? Aqui, como em outros temas, ainda não se tem consenso. Existem, pelo menos, três hipóteses:
A Hipótese Setentrional: Cyril Aldred: Essa é uma hipótese bastante aceita até agora pelos egiptólogos. Defende que a prática da escrita, no Egito primitivo, veio da Mesopotâmia, junto com outros avanços civilizatórios, como o uso do metal e da construção de casas com tijolos de barro.
A Hipótese Meridional: Mcneill e Lafforge: Tem em comum com a anterior o fato de que também considera que a escrita egípcia veio da Mesopotâmia. A diferença consiste no trajeto que essa influência possa ter percorrido. Como o próprio nome indica, o pressuposto é que a escrita teria vindo da Mesopotâmia para o Egito pelo Sul.
A hipótese Pan-Africana: Joseph Cervelló Autuori e Gunther Dreyer: Tal como as pesquisas de Hierakonpolis e Farafra, que procuram demonstrar o começo “endógeno” (gerado na própria África) da agricultura e da estratificação social do Egito Antigo, outros estudos estão procurando demonstrar o desenvolvimento também autônomo (sem a influência mesopotâmica) da escrita egípcia.
As plaquetas da Tumba U-J e a hipótese do surgimento “endógeno” da escrita egípcia, Diversas das cerâmicas encontradas na Tumba U-J foram pintadas com desenhos em tinta negra em que aparecem representações de animais (escorpiões, falcões, peixes, chacais, elefantes, cegonhas, etc.), acompanhadas do desenho de uma planta. Segundo as interpretações que se faz, a planta poderia significar um “jardim”, ou, então, de um “domínio agrícola”. E o animal, no caso, seria indicativo de um lugar designado por aquele nome. O significado dos dois signos seria, então, o de “jardim do escorpião”, “jardim do chacal”, elefante, touro, peixe, etc.
OLivro dos Mortos dos egípcios remonta ao período do Novo Império. Seus textos foram produzidos em rolos de papiro, os quais eram envolvidos em pedaços do material de que eram elaboradas as múmias. As versões mais sofisticadas eram compostas de ricos ornamentos tipográficos, conhecidos como vinhetas.
4) Título: O Escorpião Rei
Menom, um governante maligno, está conquistando muitos reinos com a ajuda de uma feiticeira que pode prever o sucesso ou fracasso da missão. Com isso, várias tribos inimigas se unem a fim de contratar um eficaz assassino que poderá eliminar a feiticeira. Este assassino é um acadinano, Mathayus. Com a ajuda de um ladrão de cavalos e da feiticeira, que se tornou sua aliada, eles vão combater Menom e seu exército.
EGITO PRÉ-DINÁSTICO: Nomes: Endric Santos e Maurício Baptista cea
Uma das maneiras
bastante recorrente de
se apresentar o começo
da “civilização” egípcia
é aquela que reconhece
como fato culminante,
desse processo histórico,
a unificação do Estado
faraônico.1
O testemunho
desse fato culminante
seria uma série de objetos
trazidos à luz ao final do
século XIX, entre os quais
se encontram a célebre
Paleta de Narmer, a maça do Rei Escorpião, a
cabeça coroada de Hórus, encontradas no sítio
arqueológico de Hierakonpolis. Como a
estimativa é que tais objetos tenham sido produzidos
por volta de 3100 a.C., esse esquema explicativo colocava as ocorrências anteriores a essa data quase
que na pré-história. Ou, quando muito, numa fase de
transição entre a pré-história e a história. Nessa fase de
transição é que teriam se operado, entre as populações
que se fixavam ao longo do Nilo, aqueles processos
históricos que as teriam preparado para entrar em seu
“estágio” avançado de civilização. Tais ocorrências, em
alguns casos, foram chamadas de “fatores de êxito”
para o surgimento da civilização. Entre tais “fatores de
êxito” estariam a revolução agrícola, a divisão social
do trabalho (surgimento das elites) e certos avanços
técnicos e científicos, como a invenção da escrita.
Uma série de pesquisas, nos últimos 30 anos, tem
levado vários estudiosos a propor uma nova e grande
hipótese de trabalho, ou seja, que a civilização
egípcia teve suas raízes na própria África, e não
necessariamente por influência da Mesopotâmia.
Essa é a hipótese que aqui chamamos de Hipótese
Pan-Africana.
Nessa série de novas investigações, o sítio da
antiga Hierakonpolis – do grego polis (cidade) e
hierakon (falcão) – tem se mostrado como um dos mais
importantes. Chamado pelos egípcios de Nekhen,
o local sempre foi associado pelos especialistas ao
nascimento da monarquia e do Estado faraônico.
Diversos objetos ali prospectados testemunham
que os primeiros faraós tinham ligações com o local.
Foi nesse sítio, no chamado “Depósito Principal”
do Templo de Hórus do período pré-dinástico, que uma equipe de Flinders Petrie,
Outra novidade que as recentes
pesquisas de Hierakonpolis estão
revelando é que uma boa parte
dos fornos, que anteriormente se
acreditava serem todos destinados
à produção da cerâmica,
se destinavam à produção
da cerveja em larga
escala. Recentemente
(entre 2004 e 2005)
foi trazida à luz uma
“cervejaria”, situada nas
proximidades do Wadi Abu Suffian, cujos restos estão mais
bem preservados que aquela que já era conhecida.
Sobre esta última, Renée Friedman fala de uma
produção “(...) estimada em mais de 1.000 litros de
cerveja por dia. O dispositivo podia fornecer uma ração
quotidiana para mais de 300 pessoas”.
A “cervejaria” recentemente descoberta, era constituída de oito lareiras circulares, compostas de
pequenos pilares de argila cozida, que serviam
de base ao tonel que era levado ao fogo com a mistura
da qual se obtinha aquela bebida que, junto com o pão,
formava a base da dieta quotidiana dos egípcios.
Para Renée Friedman ainda é muito cedo para
dizer se tais “cervejarias” devam ser consideradas
como fazendo parte do domínio da realeza ou
funerário. E, também, se a grande quantidade de
combustível vegetal que as mesmas exigiam possa
ter provocado a desertificação da local.8
Mas, por
outro lado, a autora avança num outro enunciado
que reforça a grande tese que essas pesquisas
estão formulando, ou seja, que em Hierakonpolis, por
volta de 3800 a.C., o embrião do Egito faraônico já
estava se formando. No seu entender
Entre as tantas novidades reveladas pelas
escavações de Hierakonpolis, a Tumba 23 é vista como uma das maiores evidências do grau
de hierarquização dessa sociedade, em meados de
3800 a.C.. Trata-se da maior tumba desse período
até agora conhecida.
Seus principais elementos constitutivos eram uma
câmara funerária retangular de 5,5 m de comprimento
por 3,1 m. de largura e uma profundidade de cerca
de 1,2 m. É o mais antigo monumento funerário
egípcio, até agora conhecido, que apresenta traços
de uma superestrutura. Oito buracos
de postes, dispostos de cada lado da câmara
funerária, indicam que ela possuía essa cobertura.
A dúvida é se a mesma era de madeira ou de juncos
trançados. Ao lado da câmara funerária subsistiram
buracos similares, também alinhados, que indicam
possivelmente uma construção em separado, talvez
uma capela de culto Ao redor da câmara funerária principal foram
feitas outras covas que apontam
para o enterro de outros corpos, dos quais ainda não
se tem maiores indicativos se eram de familiares dos
titulares ou de serviçais que acompanharam seus
senhores quando de sua morte.
2: Referências
Doberstain, Arnold W, O Egito Antigo, Porto Alegre, 2010, ediPUCRS.
Egito, terra de mistérios na qual viveu uma fascinante civilização que deixou gigantescas construções como um legado de sua tecnologia e de seu conhecimento extraordinário. Inicialmente comentamos que somos um apreciador do tema Egito, mas não somos um egiptólogo. Materializamos esse livro tendo como base alguns anos de pesquisa sobre o tema, o qual, aliás, sempre foi de nosso profundo interesse. Comunicamos também que este livro resulta de um trabalho exclusivamente de ordem histórico-religiosa. O nosso foco é o Egito desde seus tempos imemoriais. O antigo povo egípcio era detentor de avanços tecnológicos substanciais: já era conhecida e utilizada a operação de vasectomia; os faraós usavam preservativos (camisinhas); conheciam a Trigonometria; etc. Foi descoberta uma mandíbula egípcia por um grupo de pesquisadores. Ela data de aproximadamente 2750 a. C. e apresenta duas perfurações abaixo da raiz do primeiro molar. Esse fato indica que foi realizada uma drenagem de um abscesso naquele dente. Escavações recentes nos locais de trabalho da construção da pirâmide de Gizé levaram à descoberta de evidências de cirurgias realizadas no cérebro de um trabalhador que continuou vivo por mais dois anos após os procedimentos. Dessa forma entendemos que o império egípcio foi marcado por feitos científicos totalmente fora de seu contexto de época.
4: Vídeo indicado:
Um vídeo muito bom sobre o Egito Antigo e ótimo pra quem quer aprender sobre esse assunto, o vídeo está ótimo, muito bem explicado e quem quiser dar uma olhada vale a pena.
surgimentos das elites csa João lazaro e Tauane souza
O começo da agricultura visto nas páginas precedentes, por suas implicações, constituiu-se num fato tão prodigioso na história da humanidade que alguns autores chegaram a chamá-la de revolução agrícola.17 Tanto faz que ela tenha surgido primeiro na Mesopotâmia e depois vindo para o Egito, ou que tenha surgido no próprio Egito, de forma autônoma, o fato é que não sabemos bem ao certo como tudo se passou. A teoria é que foi por etapas. No início, a simples coleta. Depois, as primeiras semeaduras, meio ao sabor do acaso. No preparo da colheita, grãos caiam pelo chão. Germinavam perto das casas, formando as primeiras lavouras. Após veio a seleção das espécies mais apropriadas. Instrumentos para limpar o terreno, ceifar e tirar a casca do grão foram os passos seguintes. A cada ciclo de tempo, a partir de meados de julho, uma enchente acontecia. Durante umas doze luas, de julho a setembro , ficava tudo inundado. Dava tempo para que os nutrientes orgânicos, que vinham junto com as águas, se fixassem no solo. Depois disso o rio voltava ao seu leito normal e não chovia mais. O grão era semeado onde ficava mais úmido, na beira de pequenas poças que se formavam nas reentrâncias naturais do terreno. Nessa fase bem remota, acredita-se que a população que vivia nas margens do Nilo era igualitária. A terra pertencia a todos. O trabalho era coletivo. Não existiam chefias
A revolução agrícola do regadio (5000- 4000 a.C.)
e o surgimento das elites Em certo momento desse nebuloso passado, uma família ou todo um grupo desses primeiros cultivadores deve ter dado o passo mais decisivo de todos. Erguer um grande dique entre o rio e as lavouras .Tentar reter uma maior quantidade de água, fazendo pequenas represas , ali onde já existiam as reentrâncias do terreno. E, depois, distribuir essa água a terrenos mais distantes, através de um sistema de canais de irrigação . Prontificado o sistema hidráulico, era a vez de organizar as lavouras . Decidir o que plantar (trigo para o pão, cevada para a cerveja, alho para o tempero, uva para o vinho, figo para a sobremesa, etc.), o quanto plantar, para que plantar (consumo local, estatal, exportação, etc.). Erguer casas confortáveis . E, com o tempo, produzir excedentes para importar madeira para construir os navios de transporte. A suposição é que, para trabalhos de tal escala, envolvendo muita gente, os grupos humanos coletivos mudaram sua forma de viver. Ou seja, que foi dessa ampliação dos trabalhos que apareceram as chefias dirigentes. Chefias que antes não existiam. De uma ou de outra forma todos concordam que, no Egito primitivo, foi a revolução do regadio que criou a divisão social do trabalho, com um grupo para comandar e o resto para trabalhar. Na descrição do processo, entretanto, as discordâncias são muitas.
conclusão
elite é um pequeno grupo dominante dentro de uma maior sociedade .existem várias divisões dentro
de um estado hierárquio de uma sociedade,como a classe baixa(chamada comumente de pobres),média e alta(chamada de elite).social se refere ao comportamento de um grupo de indivíduos que integram a sociedade,Desde a pré- historia,os indivíduos viviam em grupos.Nesses grupos,haviam os dominantes(integrantes da elite(termo conhecido atualmente) e os dominados.assim é na atualidade ,apenas mudamos de contexto.em síntese .elite social é um grupo
livros dos mortos
O Livro dos Mortos dos egípcios remonta ao período do Novo Império. Seus textos foram produzidos em rolos de papiro, os quais eram envolvidos em pedaços do material de que eram elaboradas as múmias. As versões mais sofisticadas eram compostas de ricos ornamentos tipográficos, conhecidos como vinhetas.
Este livro continha principalmente preceitos mágicos e ladainhas que versavam sobre o destino dos que morreram. Ele orientava as pessoas quanto aos caminhos a seguir para se atingir o reino de Osíris – a principal divindade cultuada pelos egípcios, símbolo do renascimento da alma, de sua imortalidade -, os campos da bem-aventurança. Ao obedecer às instruções contidas neste sagrado manual, o Homem tinha condições de atingir um estágio elevado que o habilitava a se tornar um Espírito Santificado.
Os egípcios, que adotavam o Politeísmo, ou seja, o culto de vários deuses, encontravam neste Livro uma relação das adversidades com as quais se deparariam ao chegar no mundo espiritual, e nele poderiam também descobrir os vários recursos necessários para triunfar sobre estes obstáculos. Este conflito é muitas vezes encenado no próprio instante do enterro, revelando - nesta reprodução da luta entre o bem e o mal -, o quanto é importante o processo descrito no Livro dos Mortos.
Apenas os reis egípcios, pelo menos durante o governo das primeiras dinastias, pareciam ter acesso direto aos reinos de luz, simbolizados pelo sol, deus Rá, divindade de suma importância no Egito, só suplantada por Osíris. Mas nem mesmo eles poderiam entrar no reino sagrado sem passar por um julgamento, durante o qual deveriam apresentar provas da justiça praticada sobre a terra. Logo depois, a honra da sobrevivência pós-morte foi concedida também aos trabalhadores mais importantes da corte; enfim, a imortalidade tornou-se um dom inerente a todos, mas a presença no tribunal de Osíris continuou sendo obrigatória para qualquer pessoa. Diante de Osíris, o morto deve reproduzir um discurso conhecido como Confissão Negativa, no qual ele nega ter cometido todos os males diante dos quais o Homem está sujeito a sucumbir.
È possível encontrar em algumas ilustrações do Livro dos Mortos a imagem de Osíris em seu trono, tendo á sua frente o morto, o qual dispõe seu coração sobre um dos pratos da balança da justiça, enquanto no oposto, contrapondo o peso, encontra-se a Verdade. O fruto desta avaliação do peso de um e de outra é revelado pelo deus Toth, responsável por registrar esta análise. As almas mentirosas são punidas, enquanto as verdadeiras são recompensadas com a permissão para adentrar o reino sagrado.
É patente também neste Livro a crença dos egípcios na imortalidade da alma e na fé em uma vida futura no mundo espiritual, bem como na reencarnação, que propicia ao Homem renascer na Terra para a aquisição de novos valores e para a obtenção de renovadas experiências. Embora apresente noções espirituais bem avançadas para a época, esta civilização antiga se encontra em estágios evolutivos limitados, portanto suas concepções preservam um caráter ainda mitológico, do qual o próprio Livro dos Mortos não escapa. A travessia de portas e de passagens nele narradas representa os obstáculos que devem ser vencidos, e denota a propriedade simbólica de sua linguagem. Pode-se afirmar, portanto, que nele já está presente um conjunto de leis de ordem moral, no qual estão prescritas atitudes que se devem assumir durante a vida e após a morte, se realmente se deseja atingir um dia a santificação do espírito.
Fontes
* Challaye, Félicien – Pequena História das Grandes Religiões – Editora Ibrasa – São Paulo;
* Curti, Rino – Espiritismo e Evolução – Volume 2.
Inspirado no lendário guerreiro egípcio, a história se passa há cinco mil anos na famosa cidade de Gomorrah, onde um ditador violento está determinado a acabar com os povos nômades do deserto. As tribos restantes, nunca aliados naturais, precisam se unir ou desaparecerão. Sabendo que seus inimigos a… Mais