segunda-feira, 22 de maio de 2017

O EGITO ANTIGO PRÉ-DISNÁTICO

EGITO PRÉ-DINÁSTICO:               Nomes: Endric Santos e Maurício Baptista cea

Uma das maneiras bastante recorrente de se apresentar o começo da “civilização” egípcia é aquela que reconhece como fato culminante, desse processo histórico, a unificação do Estado faraônico.1 O testemunho desse fato culminante seria uma série de objetos trazidos à luz ao final do século XIX, entre os quais se encontram a célebre Paleta de Narmer, a maça do Rei Escorpião, a cabeça coroada de Hórus, encontradas no sítio arqueológico de Hierakonpolis. Como a estimativa é que tais objetos tenham sido produzidos por volta de 3100 a.C., esse esquema explicativo colocava as ocorrências anteriores a essa data quase que na pré-história. Ou, quando muito, numa fase de transição entre a pré-história e a história. Nessa fase de transição é que teriam se operado, entre as populações que se fixavam ao longo do Nilo, aqueles processos históricos que as teriam preparado para entrar em seu “estágio” avançado de civilização. Tais ocorrências, em alguns casos, foram chamadas de “fatores de êxito” para o surgimento da civilização. Entre tais “fatores de êxito” estariam a revolução agrícola, a divisão social do trabalho (surgimento das elites) e certos avanços técnicos e científicos, como a invenção da escrita.
Uma série de pesquisas, nos últimos 30 anos, tem levado vários estudiosos a propor uma nova e grande hipótese de trabalho, ou seja, que a civilização egípcia teve suas raízes na própria África, e não necessariamente por influência da Mesopotâmia. Essa é a hipótese que aqui chamamos de Hipótese Pan-Africana. Nessa série de novas investigações, o sítio da antiga Hierakonpolis – do grego polis (cidade) e hierakon (falcão) – tem se mostrado como um dos mais importantes. Chamado pelos egípcios de Nekhen, o local sempre foi associado pelos especialistas ao nascimento da monarquia e do Estado faraônico. Diversos objetos ali prospectados testemunham que os primeiros faraós tinham ligações com o local. Foi nesse sítio, no chamado “Depósito Principal” do Templo de Hórus do período pré-dinástico, que uma equipe de Flinders Petrie,
Outra novidade que as recentes pesquisas de Hierakonpolis estão revelando é que uma boa parte dos fornos, que anteriormente se acreditava serem todos destinados à produção da cerâmica, se destinavam à produção da cerveja em larga escala. Recentemente (entre 2004 e 2005) foi trazida à luz uma “cervejaria”, situada nas proximidades do Wadi Abu Suffian, cujos restos estão mais bem preservados que aquela que já era conhecida. Sobre esta última, Renée Friedman fala de uma produção “(...) estimada em mais de 1.000 litros de cerveja por dia. O dispositivo podia fornecer uma ração quotidiana para mais de 300 pessoas”. A “cervejaria” recentemente descoberta, era constituída de oito lareiras circulares, compostas de pequenos pilares de argila cozida, que serviam de base ao tonel que era levado ao fogo com a mistura da qual se obtinha aquela bebida que, junto com o pão, formava a base da dieta quotidiana dos egípcios. Para Renée Friedman ainda é muito cedo para dizer se tais “cervejarias” devam ser consideradas como fazendo parte do domínio da realeza ou funerário. E, também, se a grande quantidade de combustível vegetal que as mesmas exigiam possa ter provocado a desertificação da local.8 Mas, por outro lado, a autora avança num outro enunciado que reforça a grande tese que essas pesquisas estão formulando, ou seja, que em Hierakonpolis, por volta de 3800 a.C., o embrião do Egito faraônico já estava se formando. No seu entender
Entre as tantas novidades reveladas pelas escavações de Hierakonpolis, a Tumba 23 é vista como uma das maiores evidências do grau de hierarquização dessa sociedade, em meados de 3800 a.C.. Trata-se da maior tumba desse período até agora conhecida. Seus principais elementos constitutivos eram uma câmara funerária retangular de 5,5 m de comprimento por 3,1 m. de largura e uma profundidade de cerca de 1,2 m. É o mais antigo monumento funerário egípcio, até agora conhecido, que apresenta traços de uma superestrutura. Oito buracos de postes, dispostos de cada lado da câmara funerária, indicam que ela possuía essa cobertura. A dúvida é se a mesma era de madeira ou de juncos trançados. Ao lado da câmara funerária subsistiram buracos similares, também alinhados, que indicam possivelmente uma construção em separado, talvez uma capela de culto Ao redor da câmara funerária principal foram feitas outras covas que apontam para o enterro de outros corpos, dos quais ainda não se tem maiores indicativos se eram de familiares dos titulares ou de serviçais que acompanharam seus senhores quando de sua morte.


2: Referências

Doberstain, Arnold W, O Egito Antigo, Porto Alegre, 2010, ediPUCRS.


3: Sugestão:

https://books.google.com.br/books?id=1YSZKJU6ZLoC&printsec=frontcover&dq=egito+antigo&hl=pt-BR&sa=X&redir_esc=y#v=onepage&q=egito%20antigo&f=false
Escrito por: João Fernandes da Silva Júnior

Publicado em: Clube de Autores29 de set de 2012

Introdução:
Egito, terra de mistérios na qual viveu uma fascinante civilização que deixou gigantescas construções como um legado de sua tecnologia e de seu conhecimento extraordinário. Inicialmente comentamos que somos um apreciador do tema Egito, mas não somos um egiptólogo. Materializamos esse livro tendo como base alguns anos de pesquisa sobre o tema, o qual, aliás, sempre foi de nosso profundo interesse. Comunicamos também que este livro resulta de um trabalho exclusivamente de ordem histórico-religiosa. O nosso foco é o Egito desde seus tempos imemoriais. O antigo povo egípcio era detentor de avanços tecnológicos substanciais: já era conhecida e utilizada a operação de vasectomia; os faraós usavam preservativos (camisinhas); conheciam a Trigonometria; etc. Foi descoberta uma mandíbula egípcia por um grupo de pesquisadores. Ela data de aproximadamente 2750 a. C. e apresenta duas perfurações abaixo da raiz do primeiro molar. Esse fato indica que foi realizada uma drenagem de um abscesso naquele dente. Escavações recentes nos locais de trabalho da construção da pirâmide de Gizé levaram à descoberta de evidências de cirurgias realizadas no cérebro de um trabalhador que continuou vivo por mais dois anos após os procedimentos. Dessa forma entendemos que o império egípcio foi marcado por feitos científicos totalmente fora de seu contexto de época.

 4: Vídeo indicado:



Um vídeo muito bom sobre o Egito Antigo e ótimo pra quem quer aprender sobre esse assunto, o vídeo está ótimo, muito bem explicado e quem quiser dar uma olhada vale a pena.

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